quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Prazer, meu nome é tryivbgreuibvsvs, tudo bem?

O velho problema do tufão americano passando bem na hora que você está conhecendo uma pessoa. Existem outras versões - um ser do além te cutucando, a pessoa ficar invisível, você morrer por dois segundos e voltar -, mas enfim, todas afunilam para o mesmo efeito: você não guardou o nome da pessoa. E por enquanto, não sabe disso. Mas isso pode te trazer sérias consequências no futuro. Se era o segurança da balada que você adora ir, acabou de perder um esquema. Se é alguém do trabalho, pode ter certeza de que ainda vai precisar dessa pessoa, num momento singular que ninguém vai estar por perto pra te ajudar. Se era um parente da sua namorada, pode esperar. Durante o próximo almoço em família, você vai querer dar uma de bacana, contar uma história, e na hora de citar que o tal fulano estava lá, tarde demais. Você já apontou pra ele, já fez força pra lembrar, já ficou vermelho e a essa altura, sua namorada - a única na mesa que foi capaz - te ajuda. Já era, não tem volta. Já ganhou o rótulo do metido a engraçadinho insensível.
Mas o que acontece nesse momento tão crucial ao conhecer uma pessoa?
Uma forte teoria defende o fato de que algumas pessoas sejam iluminadas e recebam mensagens divinas/extraterrestres/nada a ver durante toda a sua vida. E estas mensagens chegam sempre durante esses momentos de apresentações, para que a pessoa possa ser protegida de um mal maior. Dessa maneira, quanto menos nomes essa pessoa conhecer, maior vai ser o seu poder e consequentemente, mais protegida estará a humanidade.
Existe uma segunda teoria que fala sobre a concentração de hemácias no tímpano. Quando o cerébro identifica uma frase que introduz uma variável - para os leigos, "quando o cerébro identifica através de uma frase, que uma informação a ser guardada está vindo" -, ele diminui a quantidade de hemácias no seu tímpano, deixando-o temporariamente surdo e emite um sinal elétrico através de seus neurônios, percorrendo seus nervos, chegando até a extremidade dos seus dedos - e outras partes de seu corpo. Para algumas pessoas, esse distúrbio pode se situar em uma faixa de tensão corporal proibida e gerar efeitos alucinógenos, que por sua vez criam as miragens inicialmente citadas. O mesmo acontece quando sua mãe te pergunta se você já arrumou seu quarto, ou quando sua vizinha resolve falar sobre os problemas da vida dos outros. São comunicações perigosas, que podem se tornar irreversíveis, transformando-o numa batata sem opinião própria. Pura medicina ocidental.
Acredita-se também que esse problema venha do fato de que a pessoa, ao invés de prestar atenção no nome do apresentado, já esteja pensando em dizer o seu próprio. Ou qual será o comentário depois dessa troca de informações.
O que está certo, ninguém sabe.
Eu tenho esse problema e acredito ser uma pessoa especial. Fico então com a primeira opção.
-Letra A, Sílvio.
-Mas ooooooi. Muito bem, muito bem, você não pode mais mudar. Qual é a resposta certa Lombardi?
-Letra A, Sílvio.
-Você acaba de ganhar vinte barras de ouro que valem mais do que dinheiro! Qual é o seu nome?
-Jdhffioadaonc, Sílvio.
-Er... senta lá, senta lá!
(...)

Um comentário:

  1. fico com os efeitos fisiológicos da apresentação... hahaha humor impecável

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